sexta-feira, 27 de julho de 2018

COMO ME TORNEI UM TICKLER: A VEZ DE SULA


           A mulher que me iniciou nesse meio foi Sula. Nunca havia me reconhecido como fetichista. Muito menos de cócegas. Apenas cutucava minhas amigas como uma brincadeira adolescente. Ele me fez virar o jogo. Doce Sula.

          Há vinte anos eu era estagiário de um escritório, com 17 pra 18. Ela já na casa há muito, tinha 38, parecendo bem mais jovem. Uma mulher majestosa, alta, de presença. Brincavam que ela era parecida com a Lucia Veríssimo. Ela ria. Uma cabeleira vasta emoldurava lindos olhos pretos e uma boca em forma de botão. Volta e meia iluminava a sala com um sorriso lindo e uma gargalhada forte. Linda.

         Cismou comigo. Muito jovem e tímido, da sala cheia de gente ela me escolheu pra Cristo. E meio sem graça no primeiro emprego não retribuía a altura suas provocações. Assim uma vez ela me cutucou. Costelas. Uma outras vezes. Eu contorcia muito. E outra mais. Sempre de surpresa. Eu nunca reagia.

         Eu tenho um problema: Modéstia parte sou um tickler virtuoso, mas profundamente ticklish.  
        Todas minhas parceiras percebem isso em algum momento. E pra ser sincero não me incomodo em ser torturado por elas. Afinal é uma troca. Todos tem que sair felizes. Sou adepto da felicidade, mais do que de um fetiche.

         Sula percebeu isso, e cedo ou tarde, hora sim hora não aqueles dedos me tocavam as costelas, hora o pescoço, seja intensamente ou devagar. Ela percebia minha fragilidade e gargalhava. Fazia isso na frente dos outros, sua sala era cheia, e eu por conta de sentir-me ainda estranho no meio não tinha coragem de contra-atacar como fazia com minhas amigas. Sula, no entanto, era terrível.
“Olha como ele sente cosquinha!!” ou “Garoto sensível!”. A sala inteira ria.

        Ela tinha um cheiro que brotava daqueles cabelos inebriante. Até que a coisa foi intensificando.  

         Às vezes me isolava no fundo do deposito em uma sala ao lado, e muita gente ia lá pedir coisas pra mim. Sozinho com fone de ouvido ela chegava e cutucava com força. Eu chegava a pular. Nós dois ríamos. Eu ficava sem graça. Ela debochava. Sozinhos.

         Até que resolvi tomar coragem. Nesse dia ela estava estonteante. Camiseta branca de alcinha colada no corpo exibindo um busto lindo e uma cintura de pilão. Uma saia de estampa indiana abaixo dos joelhos ressaltando uma bunda monumental. Nunca mais esqueci. E aquele cheiro.


         Era esse o dia. Sula me pedira mais cedo pra pegar algo no estoque. Planejei ansioso. Peguei e fui até a sala dela, passei por detrás e coloquei na ponta distante da mesa pra que ela esticasse o braço e pegasse. Ela fez isso imediatamente, e aproveitei ao retornar por detrás dela correndo a ponta dos meus dedos na sua axila direita inteira. Bem suave. Ela sente cócegas, era carnuda e quente com uma leve aspereza.

          Só que ela deu um grito e recolheu o braço. Todos na sala olharam. Meu Deus. Vergonha. Meu coração disparou. Baixei a cabeça e nem vi sua reação. Voltei pro estoque quase correndo e com medo. Que besteira eu fiz. Achei que seria demitido. Todo a adrenalina daquele feito maravilhoso sumiu. Coloquei o fone de ouvido e comecei a arrumar o estoque. “Ela deve estar me odiando”.          Confesso que quase chorei. 

           Ao colocar uma caixa na parte alta da estante me apaixonei por essa mulher.

         Com os braços ainda erguidos, por trás senti seus dedos dominarem minhas suas axilas como um golpe. Foi tão intenso e de surpresa que eu gargalhava e o som não saia. Eu só conseguia senti seu cheiro. Ela dedilhava e remoía minhas axilas de tal forma que me fraquejou as pernas. Caí de joelhos. Estávamos sozinhos. Ela não parou. Ela colou a boca na minha orelha e disse: “Quer dizer que você que me fazer cócegas...?” As primeiras lágrimas me desciam. Ela intensificou a tortura. Larguei meu corpo pra trás completamente sem forças. “É aqui que o seu ponto fraco?”. Seus dedos me devoravam as axilas. Fiquei todo arrepiado. Aquilo já durava a eternidade de uns 30 segundos. E ela não parava. Que cheiro. Ela acelerou ainda mais. Senti seus seios nas minhas costas. Tive uma ereção fortíssima. Cruelmente ela driblou a manga esquerda da minha camisa de malha e alcançou minha axila nuas me levando a soltar sons de desespero. Quando ela ia fazer com a direita, achei forças pra sussurrar um “Para! Parahahaha!!!”

          Ela parou. Como um resto de roupa suja fiquei no chão tampando minhas axilas. Ela em pé linda, gargalhava. Meu medo havia passado. Minha vergonha. Só havia exaustão. Ela me libertou de tudo que me consumia me colocando de volta do mundo ao lado dela. Era a nossa senha. Me mandou um beijo com aquela boca de botão e voltou. A vi saindo. Que silhueta.

          Desse dia em diante perdi a vergonha. Cutucava ela sempre que me via sozinho com ela. Ela por sua vez quando atacava sempre suas costelas ficava ereta e tampava a respiração controlando-se. Isso me matava. Queria suas quentes axilas de novo. Seus cotovelos juntos aos corpo me impediam de explorar. Além de eu estar no trabalho quase nunca sozinho com ela, ela era alta e forte, segurava bem. Ela percebia minha frustração. “Tá achando que eu sou você?”. Depois que eu parava ela ria.

          E assim os dias seguiam eu imaginando um jeito de pegá-la de surpresa e ela escapando ou se defendendo. Queria me vingar debaixo daquele braço. Queria vê-la perder o controle. Eu ainda ia morrer de tesão naquela mulher. 


          Aí veio o dia. Cheguei ao meu solitário estoque, e a vi pegando algo na estante. Não podia acreditar. Estava de vestido curto. Meu coração disparou. Sorrateiro cheguei por detrás e rapidamente segurei com as duas mão sua cintura. Ela pulou de susto, mas segurou o tranco. Riu mais do susto, jogando a cabeleira pra trás. Travou os cotovelos sobre minha mão com muita força. Cheguei pra frente, colei meu rosto no emaranhado dos cabelos por trás dela. Ela permitiu. Fui à loucura de tesão. Estávamos sozinhos. Sabia como me provocar. Brinquei: “E agora?” Ela sem se mexer só travando os cotovelos disse: “Não adianta. Eu não sinto.” Aquilo foi música pra mim: Comecei a pinçar sua cintura com as mãos e ela não ria apenas rebolava aquela bunda monumental à milímetros da minha calça. Nem um som. Apenas respiração forte. Foi quando redobrei a força e comecei a subir quase com os dedos esmagados suas costelas. Aquelas axilas eram a chave daquele cofre. Eu sabia disso. “Nããããooo”, ela disse ao perceber que meus dedos avançavam. Percebi que mordia a boca e respirava mais forte tentando segurar o riso. “É aqui que eu sei...” provoquei ao ver que meus dedos já estava nas altas costelas, na linha dos seios. Dedilhei. Ela jogou a bunda pra trás e quase me matou de tesão. “Hummmmpphhh”, foi mais ou menos o som que ela fez. A desgraçada não ria, mas começou a se contorcer e vi seus braços todos arrepiados. Mergulhei meu nariz naquela cabeleira. Estava enlouquecendo. “Posso fazer aquiii?”, disse com a cabeça zonza. Mas foi quando meu dedo indicador chegou a sentir a quentura daquela axila direita, ela jogou-me pra trás com a bunda., fazendo soltar as mãos. E num golpe rápido virou-se, dizendo:

          “Pode. Mas aqui no trabalho, não.” 

          Ela disse a menos de um palmo da minha boca. Quase a beijei.

                                                 ***

Esse conto atingiu 351 visualizações no fórum "cócegas e etc".
Todas a arte deste conto você encontra nas obras:

VAMP RECODS 4 - ARTE REARTE E ROEL
MOM SWEET DREAMS – ARTE MILFTOON
NO INTERNET – ARTE HENTAIJA.COM
THIAGO – NO INTERNET – ARTE HENTAIJA.COM

Nenhum comentário:

Postar um comentário