sexta-feira, 27 de julho de 2018

KARINI E KADU: CÓCEGAS E TESÃO.


Karina estava muito preocupada. A distância a incomodava. Seu pai a quem ela devia tudo já lavara as mãos. Pouco mesmo ele se importava com o filho. A rebeldia de Kadu era cada dia mais visível. Seu irmão há muito não era mais aquele menino chato que corria atrás dela por atenção. Era a sua família que estava em jogo naquela distância. Ali na praia, talvez, estivesse a chance para ela. A adolescência é uma fase dura, ela mesma não foi fácil dentro de sua redoma de timidez e até frieza. Ali estava em jogo uma chance real de reaproximação. Mas no caminho até ali, juntos no carro... nada de contato. O garoto franzino tinha os cabelos revoltos que cobriam quase completamente os olhos, e de óculos escuro, então, fechava-se em copas. Passava o dia inteiro no smartphone respondendo a todos com muxoxos lacônicos. Salvo por alguns momentos em que as garotas e suas marquinhas de bikini passavam por perto e roubavam-lhe a atenção.

- Kadu, não quer ficar na sombra?- disse Karini ajeitando a lateral do bikini e franzindo a testa sob o sol fortíssimo.

Nada. Dedos ágeis dançavam no touch no celular. Mas vez ou outra quando passava uma novinha, sua cabeça seguia os contornos sexies das suas silhuetas suadas até fugirem de vista. Voltava, então, para o celular. Karini teve uma ideia curiosa: Levantou-se e foi até a frente dele como se olhasse o mar. Procurou o noivo ao longe na água e não o viu. Praia lotada. Aos 28 anos, Karini era zelosa com o próprio corpo: uma loira parafinada, baixinha, e com cintura de atrair olhares, sustentava um par de seios muito bonitos... esses sim seu verdadeiro orgulho. Sabia que era desejável, mas seu temperamento forte sempre inibia os mais avançadinhos. Mas era muito linda de se olhar a pequena, como era chamada por seu pai. Não devia nada as meninas que se insinuavam na frente de Kadu. Ela seguiu o plano à risca. Parou na frente dele de costas. Tinha uma bunda lindíssima. Ajeitou a calcinha do bikini. Sentiu que estava sendo observada. Amarrou as madeixas para trás e os óculos escuros. Fez um ar blazé sob o sol. Ela era bem confiante. Se o irmão a visse como via as outras meninas poderia talvez estabelecer uma forma de contato. Ela estava indo bem. Logo passou uma bela adolescente por eles e Karini puxou um papo qualquer. O garoto viu. Kadu prendeu o olhar. Despediu-se dela e virou-se num golpe rápido. Kadu a espiava, mas pego de surpresa enterrou a cabeça no celular rapidamente. Bingo. A menina estirou a canga feliz por dentro e deitou-se sensualmente sob o calor agressivo. “Kadu, vc não quer passar protetor em mim, não? Faz esse favor, rapidinho? ” O garoto na hora levantou-se e veio. Karini vibrou internamente.

Logo começou a passar o creme desengonçadamente nas costas sardentas da loira. “Lindo o bikini o daquela menina, né? ”, perguntou empolgada. O garoto não respondeu. Suas mãos espalhavam-se devagar no meio das costas macias da moça sem o mínimo critério. Ela insistiu. “Aliás... ela era linda também, você viu?”. Nada. Karini suspirou. Os dedos do moleque agora deslizavam sobre seus ombros quentes, ignorando-a. Ela não perdeu a esperança: “Não quer que eu pegue contato dela, não, pra vc? Vai que vocês marcam hoje à noite ainda?!”. Apostou alto. Depois de uns 10 longos segundos ouviu-se enfim a voz do adolescente: “Vou sair com o Rafa e o Tim, hoje...”. Silêncio. Putz. Karini não gostou nada disso. Eram dois maconheirinhos que viviam na porta da casa deles atrás de Kadu. Com a mão cheia de creme, ele apertava forte a lombar de Karini, raspando a calcinha do bikini: “Olha... Kadu... hoje é domingo, amanhã você tem aula cedo... ENEM vindo aí... acho melhor não!”, ela disse tirando uma madeixa do centro das costas e deitando os braços acima do topo da cabeça. Indício de climão no ar. Mas o moleque ironizou, rindo: “Ah... Mas com aquela garota eu posso sair hoje, né...?”. Karini mal havia percebido sua incoerência. Engoliu seco. Nessa difícil tarefa herdada de segunda mãe, mal conseguia se sustentar. Não arredou pé. “Kadu... já disse, é não e pronto!”, falou deitando a cabeça para o outro lado. Ele desdenhou e riu ainda mais alto. “Até parece, Karini...” e continuou colocando mais creme na cintura fina dela deitada de bruços. Ela contou até 10... Essa esnobada enfureceu a garota de vez, que elevou o tom: “Kadu! Não é não!! Você me ouviu!!”. Num lance rápido Kadu montou as costas dela, rindo de deboche, sentando-se sobre sua bunda arrebitada: “Fala que eu não vou de novo, então? Duvido...”. Provocou o moleque com os dedos lambuzados correndo bem devagar nas vulneráveis costas dela. Karini não esperava isso dele e arregalou os olhos. Não fosse o noivo, há tempos não sentia o peso de outro homem sobre ela. Seus batimentos aceleraram. Esse tipo de reação dele não estava nos planos. De bruços sentiu um arrepio diferente, e apenas disse recuando meio-tom: “Kadu..., para de palhaçada, garoto, desce daí...”. Com os braços estendidos para frente ela só sentiu que os dedos de Kadu correram devagar e suave por todas suas costelas. Sentiu um choque que a fez chacoalhar a cabeça. Segurou o grito na garganta. Ele seguiu a tortura: “Então... hahaha, fala que eu posso sair hoje, Karini!!”. Ela mal pôde acreditar quando seus dedos estacionaram bem nas laterais dos seios. Pele com pele. A menina prendeu a respiração. A adrenalina subiu. Kadu fez movimentos tão leves, mas tão leves na pele nua logo ao lado do bojo do bikini que ela não aguentou e recolheu os braços com violência... “Para, Kadu!!!”, disse num suspiro só tentando não rir, mas por azar prendeu as mãos dele debaixo dos próprios braços. Ele mexeu os dedos devagar dentro de suas axilas. Covardia. Seus olhos pularam. A menina deu um grito agudo. Como um touro arredio ergueu o corpo de Kadu, que desabou para o lado, libertando-a. Sentou-se em reflexo tapando as axilas com as próprias mãos. Ele ria sadicamente ao voltar para a cadeira. Inúmeros viram a cena. Ela, sem graça, mal pôde disfarçar a respiração forte e sua pele totalmente arrepiada.  

Já em casa Karini de frente ao espelho tentava entender o que aconteceu. Kadu superou suas expectativas, não tinham um contato físico mínimo sequer com ele há anos, desde quando ele era criança. Cócegas, então... arrepiou-se só de lembrar da praia. E sem chance de defesa. Como ela não pode prever? Isso tudo a assustou um pouco, mas não poderia perder a oportunidade ganha de aproximação. Da brincadeira na praia até aquela hora não se falaram mais. Pouco se olharam. Vergonha. Era como se pudesse confessa-lo os arrepios íntimos que seus dedos provocaram. “Será que ele percebeu?” Nem ela se sabia tão sensível. Seus olhos claros se perderam no espelho atrás de respostas.

Já estava arrumada para sair, mas o noivo na sala e Kadu jogavam videogame. Precisavam logo sair, estavam atrasados. Kadu ficaria em casa. Era a chance de ela provar a si mesmo que estava tudo bem. Desceu equilibrando-se no salto. Empolgados com o jogo os meninos mal a perceberam chegar. “Nico!! Vamos logo!! A gente vai se atrasar!!”, implorou Karini ajeitando o vestido justo. Levou as mãos à cintura impaciente. A maquiagem a deixava mais sexy. Irritada com tudo, mirou os dois. O noivo mal a olhava, Kadu, não, cruzaram o olhar e ele deu um sorriso maroto. A loira desviou o olhar, incomodada. Ela estava com um vestido azul, justo, com as laterais vazadas por onde se viam partes dos seios. Ela gelou, não saberia dizer como, mas percebeu que aquele vestido estava matando Kadu por dentro. Ambos os garotos permaneceram ainda sim jogando. Ela reclamou e finalmente entrou na frente deles, impedindo o jogo. A algazarra tomou conta. Ela abriu um sorriso do ridículo da situação. Um segundo olhar de Kadu no meio da barulheira a despiu praticamente de cima abaixo. Sem graça, sentou-se entre os dois no sofá para que terminassem com cuidado para não amassar o vestido. Sentiu uma ponta de risco ao ficar ali, mas estranhamente ignorou. Ficou com raiva do noivo, e desconfiada dos pensamentos de Kadu. Mas Karini era muito, muito curiosa. Num golpe rápido ela pegou o controle da TV e a desligou. Silêncio. Ela quis correr esse risco. Incrédulos eles se entreolharam. A loira recostou no sofá e abriu os braços no encosto, exibindo suas axilas lindas rosadas. Tomados pela revolta ambos começaram a reclamar muito. Foi quando Kadu disse:

-“Faz cosquinha nela que ela entrega o controle... ela sente muito!” – e foi se chegando perto da irmã.

Só a voz de Kadu falando em cócegas a fizeram gelar. Ambos se aproximaram do corpo dela. Seus batimentos aceleraram. Veio a lembrança da praia e seu corpo arrepiou todo. Mal pôde pedir pelo seu cabelo feito no salão durante 4 horas, ou a custosa maquiagem pronta. Fechou os olhos de nervoso. Apenas disse um “Nãoooo, gente!!”, e mordeu os lábios. Seguraram um braço cada um e começaram a dedilhar a cintura. Ela arqueou a coluna rapidamente sentindo o ataque. A mesma adrenalina de antes a fez rebolar sensualmente no sofá. Só que Kadu foi muito cruel.

Covardemente ele introduziu a mão leve como uma pena no decote lateral do vestido e correu os dedos devagar da cintura até os seios. “Meu Deus!!” Pensou a loira. Seus olhos claros pularam junto com um suspiro. A vontade era de gritar, mas precisava disfarçar. A beldade franziu a testa quando as laterais dos seios foram acariciadas suavemente. Seu busto pulou involuntariamente. Logo esqueceu o controle firme na mão esquerda e o modorrento “cutchi, cutchi, cutchi...” do noivo. Concentrou-se em Kadu. Mordeu o lábio inferior para segurar o grito. Tortura total. Podia sentir os dedos dele indo e vindo devagarinho ao longo das costelas até o seio direito. “Kadu.., gente... para... para!!”, disse abrindo a boca devagar. Ela não aguentou e curvou o corpo mais para o lado de Kadu quase pedindo arrego. Aquilo já era demais, precisava parar. Os bicos eriçaram na hora e as risadas de Kadu há dois dedos se seus ouvidos a fizeram tremer os braços. Aquilo tudo era totalmente diferente da praia. Foi quando o noivo como que percebendo algo, buscou olhar entre os dois. E Kadu maldosamente disfarçou:

-“Faz debaixo do braço... assim ela entrega o controle!!” – o garoto sentenciou com requintes de crueldade.

Ao mesmo tempo os dois tocaram as axilas de Karini, que gritou forte. Ela não esperava por isso. Ela sente muitas cócegas debaixo do braço. A sensação foi tão indescritível que ela mal lembra em que momento soltou o controle. “Isso, não!!! Aí, não!! Para!!” Ainda excitada com o ataque maldoso de Kadu, ela arqueou a coluna inconscientemente procurando ainda recolher os braços, mas os ataques se intensificaram. Seu quadril descolou do assento. Os dedos de Kadu e Nico tocaram tão fundo as axilas de Karini que ela começou a estrebuchar presa pelos dois. Suas pernas abriram e ela tentava escorrer pelo sofá. Choques intermináveis tomaram seu corpo quando percebeu que as duas mãos inteiras devoravam suas sensíveis axilas. Outro grito. Seus sapatos altos saíram. A gargalhada irresistível veio logo depois:

- “HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!

Reunindo forças sabe-se lá de onde ela deu um pulo do sofá e deixou os dois gargalhando. Correu muito. Aquilo tudo estava fora de controle. Foi para o quarto. Chegou ofegante demais. Ainda podia sentir os espasmos no corpo. Olhava fixamente o espelho para tentar entender o tamanho do problema que estava se enfiando. Saldo: Cabelo desfeito, maquiagem borrada, seios ultra-eriçados e uma umidade absurda na calcinha. Ela precisava parar porque ela também estava ficando fora de controle.       

                                                                     
                                                                                ***
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